- Cristo nasceu!
E a vaca perguntou:
- Aooonde?
A ovelha foi quem respondeu:
- Em Belém.
Mas a cabra não lhe deu crença e falou:
- Meeente! Meeente!
Desse dia em diante, a ovelha foi abençoada e a cabra amaldiçoada. É por isso que, mesmo na hora da morte, a ovelha não dá um pio, enquanto a cabra faz uma algazarra danada."
Nota: No livro Contos folclóricos brasileiros, (Paulus Editora, p. 73), na seção dedicada aos contos religiosos, está a narrativa acima reproduzida. Foi contada por Isaulite Fernandes Farias (Tia Lili), em Igaporã, Bahia. Ouvi-o muitas vezes contado por minha avó Luzia, mãe de Isaulite, explicando a razão do “berreiro” da cabra e do bode no momento do abate. Ela também contava como a galinha foi amaldiçoada por ter ciscado a palha do presépio onde o santo Menino nasceu. Por isso, galinha, quando entra em casa, traz azar. Galinha que canta como galo chama morte.
Adorei esse conto porque me reportou a minha infância, a muito a minha mãe contava essa historia , com uma unica diferença, que o bicho que foi amaldiçoado na historia dela era o pato que teve seu dedos grudados para sempre desde do dia que ele disse
ResponderExcluirao ouvir a ovelha :
- Espalha ... Espalha ciscando como um louco...
Assim como dizem que a cobra e feia e se arrasta por demostrar desprezo e dizer :
Xiiiiiiiiiiiiiii! ( risos)
Oi, Gislaine. Você apresentou uma variante. O conto funde um tema mais comum às fábulas, o das vozes dos animais, com outro próprio do conto religioso, A Fuga para o Egito, no qual está contido o episódio da Natividade.
ResponderExcluirObrigado pela visita!
Curiosamente a versão que disponho pela tradição oral eh que as galinhas são ventas desde o dia que cantaram alto e fizeram uma algazarra, distraindo os soldados de Herodes no episódio da fuga para o Egito .
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